ACEMA - ASSOCIAÇÃO CULTURAL E ESPORTIVA DE MARINGA

A ACEMA, entidade representativa da comunidade nipo-brasileira de Maringá, surgiu em 18 de junho de 1947, com a denominação inicial de MARINGÁ NIHONJINKAI (Associação dos Japoneses de Maringá) e representava 65 famílias de imigrantes aqui estabelecidas.
Neste mesmo ano, concomitante às atividades do MARINGÁ NIHONJINKAI, a geração jovem nipo-brasileira criou a sua própria associação, a SOCEMA - Sociedade Cultural Esportiva de Maringá.

A fusão destas sociedades em dezembro de 1972 deu origem à ACEMA - ASSOCIAÇÃO CULTURAL E ESPORTIVA DE MARINGÁ, que hoje congrega aproximadamente 2.000 associados.

Em 1978, a 20 de junho, dia comemorativo do 70º Aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, foi lançada a pedra fundamental da atual sede social da ACEMA por suas altezas Príncipe Akihito e Princesa Michiko, herdeiros da Família Imperial do Japão, então em visita oficial ao Brasil.

A conclusão das obras ocorreu em outubro de 1980, sendo que constantemente novas obras de ampliação e melhorias são realizadas.

Visando a promoção de atividades esportivas, culturais e sociais, a ACEMA tem como princípio fundamental preservar e divulgar as tradições, os costumes e os ensinamentos da milenar cultura japonesa aliado ao desejo de contribuir através do trabalho, da dedicação e do amor à este País que tão bem acolheu nossos antepassados, para um mundo melhor.

Para alcançar seus objetivos, as atividades da Associação estão concentradas em diversos departamentos:

- Atletismo
- Beisebol e Softbol
- Canto
- Cultural (Taiko)
- Educação
- Fujim-Bu
- Futebol (Veteranos)
- Gate-ball
- Ikebana / Chá
- Salonismo
- Seinen-Bu (Ala Jovem)
- Shogui
- Social
- Tênis de Campo
- Tênis de Mesa
- Sauna / Piscina

Orgãos ligados diretamente a diretoria

- Assistência à Saúde
- Assuntos Jurídicos
- Eventos e Promoção - Imprensa e Divulgação
- Manutenção e Conservação do Patrimônio
- Cerimonial

Fontes: www.acema.com.br

A COLONIA NIPÔNICA EM MARINGÁ...

Japoneses e descendentes em Maringá passam de 14 mil

Detentora da terceira maior colônia nipônica do Paraná, a cidade de Maringá abriga 4.034 famílias compostas por 14.324 pessoas, representando cerca de 4,5% da população local.

Desse total, 1.846 (15%) indivíduos são dekasseguis que vivem e trabalham no Japão.

Da população estimada em 12.478 pessoas que residem em Maringá, 6,61% são isseis (pessoas nascidas no Japão), 35,45% são nisseis (filhos nascidos no Brasil), 37,72% são sanseis (netos) e 13,79% são ionseis (bisnetos de japoneses).

Esses números e percentuais fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Departamento de Estatísticas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) sob a coordenação de voluntários treinados por entidades nikkeys maringaenses em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.

Os resultados da pesquisa de campo foram apresentados na noite da última quarta-feira (5) pela professora da UEM, Dra. Isolde Prevideli, ao prefeito Silvio Barros.

A revelação dos dados estatísticos também foi acompanhada na Sala de Reuniões da Prefeitura pelo presidente da Câmara de Vereadores, Mário Hossokawa, pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Valter Viana, além de várias lideranças e representantes de entidades da comunidade nipônica maringaense.

Os números coletados no censo também representaram a última atividade das comemorações dos 100 anos de imigração japonesa no Brasil – Imin 100.

“A finalidade foi coletar dados estatísticos do número exato de pessoas e famílias de ascendência nipônica que vivem em Maringá, de que província elas são originárias, seu grau de escolaridade, religião, renda familiar e número de parentes que atualmente trabalham no Japão.

São informações fundamentais para toda a colônia nipônica”, diz o coordenador da comissão para as comemorações do Imin 100, Shudo Yasunaga.

Números oficiais

O Censo da Comunidade Nikkey de Maringá foi realizado por 150 pesquisadores em todos os 52 bairros maringaenses no período de agosto do ano passado até março deste ano.

Os números coletados revelaram também que a idade média dos descendentes de japoneses que vivem em Maringá é de 40,12 anos; que 52% da população nipônica é formada por mulheres e que o número médio de filhos é de 2,4 por família – percentual que coincide com a média da região Sul do Brasil.

Quanto a religião os descendentes são em sua maioria católicos (32% entre os sanseis, 27% entre os nisseis, 10% entre os ionseis e 2% entre os isseis), seguidos por evangélicos (6% entre os nisseis, 6% entre os sanseis, 2% entre os ionseis e 1% entre isseis) e budistas (5% entre nisseis, 3% entre os isseis, 2% entre sanseis e 1% entre os ionseis).

A pesquisa revelou ainda que 49,66% dos descendentes são casados e que 47% falam, compreendem e escrevem o idioma japonês, sendo que a geração nissei é a que mais fala a língua japonesa (31%), seguida pelos sanseis (16%).

Quanto a escolaridade, os descendentes distribuem-se entre 31% que têm ensino fundamental, 30% com ensino médio e 30% com ensino superior, destacando-se maior concentração nas gerações nissei e sansei.

Em Maringá – revelou a pesquisa – 10,52% dos descendentes são empresários, 12,52% são aposentados, 20% são mestiços, ou seja, filhos de casais onde um dos cônjuges não tem origem japonesa e a maior parte dos descendentes nipônicos reside nas Zonas 1 (centro), 5 (região próxima à Praça das Antenas), 7 (próxima à UEM) e 11 (entre as avenidas Morangueira e Pedro Taques).

“Nossa maior resistência foi encontrada na pesquisa a respeito da renda de cada família, entretanto os resultados apontaram que quanto maior a escolaridade mais elevada é a renda das pessoas e que, em Maringá, a colônia japonesa detém o poder econômico”, explicou a coordenadora do censo, professora Isolde Prevideli.

Além do censo também foi feito um cadastro com todos os dados dos descendentes pesquisados.

“Antes desta pesquisa nossa comunidade sempre 'chutava' números para responder quantos somos os descendentes de japoneses em Maringá.

Agora temos dados oficiais que, aliás, batem com as estimativas que fazíamos”, destacou o presidente da Câmara Municipal, vereador Mário Hossokawa.

Para o prefeito Silvio Barros, a quantidade populacional não foi o dado mais importante revelado na pesquisa e sim a alta qualidade constatada na colônia nipo-brasileira de Maringá.

“O mais importante é que o marco deixado pelos primeiros imigrantes da comunidade nipônica para o progresso, cultura e desenvolvimento econômico de Maringá vai ser perpetuado pelas novas gerações de descendentes.

Enquanto eu estiver no comando da administração, a Prefeitura de Maringá vai ser sempre parceira desta comunidade que contribuiu significativamente para que nossa cidade fosse tudo isso que hoje ela é”, finalizou.

CRÉDITOS: DADOS DO PORTAL www.maringa.com

A IMIGRAÇÃO JAPONESA NO BRASIL

Introdução

No ano de 2008, comemoramos, aqui no Brasil, 100 anos da imigração japonesa. Foi em 18 de junho de 1908, que chegou ao porto de Santos o Kasato Maru, navio que trouxe 165 famílias de japoneses. A grande parte destes imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo.

Motivos e início da imigração


No começo do século XX, o Brasil precisava de mão-de-obra estrangeira para as lavouras de café, enquanto o Japão, passava por um período de grande crescimento populacional. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, então, para suprir as necessidades de ambos países, foi selado um acordo imigratório entre os governos brasileiro e japonês.

Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.

Dificuldades e desafios

O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que geralmente era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, eles venceram estes problemas e prosperam. Embora a idéia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso.

Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.

Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.

Contribuições

Atualmente, o Brasil é o país com a maior quantidade de japoneses fora do Japão. Plenamente integrados à cultura brasileira, contribuem com o crescimento econômico e desenvolvimento cultural de nosso país. Os japoneses trouxeram, junto com a vontade de trabalhar, sua arte, costumes, língua, crenças e conhecimentos que contribuíram muito para o nosso país. Juntos com portugueses, índios, africanos, italianos, espanhóis, árabes, chineses, alemães e muitos outros povos, os japoneses formam este lindo painel multicultural chamado Brasil.